O MONSTRO
Nunca vi, em toda a terra,
Criatura tão terrível;
Seu instinto desprezível
Ganha forças quando erra.
Contra-ataca sem perdão
Ao mais leve e manso toque;
Lança a flecha o seu bodoque,
Com destino ao coração.
Ojeriza, ao primo instante,
Veio a mim por tal gigante,
Esse mestre do disfarce;
Mas eu fico então vermelho,
Pois diante de um espelho,
Vejo a minha própria face.