O MONSTRO

Nunca vi, em toda a terra,

Criatura tão terrível;

Seu instinto desprezível

Ganha forças quando erra.

Contra-ataca sem perdão

Ao mais leve e manso toque;

Lança a flecha o seu bodoque,

Com destino ao coração.

Ojeriza, ao primo instante,

Veio a mim por tal gigante,

Esse mestre do disfarce;

Mas eu fico então vermelho,

Pois diante de um espelho,

Vejo a minha própria face.

Marcelo David
Enviado por Marcelo David em 25/09/2013
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