Tua ausência breve

Uma tarde num dia de chuva leve,

Outono do corpo que, assim, se estende

ao inverno da alma que tanto entende

o quedar do dia, pausado e breve.

Nela, o tempo passa e é sorrateiro,

Querendo estar, parar em cada hora;

A chuva lenta o minuto chora

Tua presença, um vazio derradeiro.

Ela é alma, tão bem posso saber,

Pois, em mim, continua a crescer

A força, sem limites, sem parar...

E isso me põe para além de louca

Já que o paraíso, da tua boca,

Não posso por agora desfrutar

Sol Galeano
Enviado por Sol Galeano em 29/08/2013
Código do texto: T4457104
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