VOO SOLO
Odir Milanez
 
 
O mundo d’alma visto em tela muda,
escondido na tinta que faltara.
A cor, a luz, a sombra... Nada ajuda!
A semântica cena não se aclara.
 
Uma vestal invisa me saúda.
Meu abstrato corpo se compara
à oblação sanscrítica de Buda,
no fomento da fé que nos separa.
 
O concreto se faz a cada passo
e cada passo meu desfaz-se em nada,
enquanto o nada em nada ocupa espaço.
 
As vontades volitam pela estrada,
nutantes ninfas negam-me o abraço...
Minh’alma em voo solo, desamada!
 
 
JPessoa/PB
20.08.2013
oklima


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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor... 

 

 
oklima
Enviado por oklima em 20/08/2013
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