NOBRE HINO

No peito, essa saudade me devora

E vejo a minha paz ser consumida,

Enquanto eu me pergunto se a vida

Não há de dar-me, enfim, a tempo e à hora

A chance de contigo ser vivida

Toda a paixão que sinto, vida afora

E sonho, tanto dantes, quanto agora,

Me seja, o quanto antes, concedida,

Posto que tarda, às vezes, o destino,

Em ser cumprido, porém se revela

Algo que há de vir, qual profecia,

Sem que se saiba, ao certo, qual o dia

E é por tal que o meu amor apela

E o meu verso canta, em nobre hino.

Obrigado, Milla, pela magistral interação.

QUANDO A NOITE CAI...

E, quando a noite cai, a dor minora

porquanto esta saudade ameniza.

É como um choque que me eletriza

que em sonhos, eu te vejo a toda hora...

O pesadelo de ver-te ir embora,

apenas no retrato se eterniza.

E, enquanto esta dor não cicatriza,

aguardo, ansiosa, o romper da aurora...

Um dia (quem sabe) eu talvez te veja

chegar como um faminto andarilho,

rogando o conforto de meu abraço.

Exausto, maltrapilho, passo a passo,

buscaste, frente a tantos empecilhos,

livrar-te dessa dor que te apedreja!

(Milla Pereira)

Obrigado, Ângela, pela belíssima interação.

PROFECIA

O tempo há de nos dar a alegria

De vivermos um grande e terno amor

Pois a nossa paixão nos inebria

Como um vinho suave dá calor

Haverá uma chance e me extasia

Um romance real... devastador...

Não pode a vida tirar a poesia

Deixando em meu caminho só a dor

Está escrito, qual uma profecia

Mesmo que não saibamos bem o dia

Que juntos é a nossa realidade!...

Em lugar certo estará nosso destino

E é nessa certeza que me aninho

E a vida será só felicidade!...

(ÂNGELA FARIA DE PAULA LIMA)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 30/07/2013
Reeditado em 02/08/2013
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