NOBRE HINO
No peito, essa saudade me devora
E vejo a minha paz ser consumida,
Enquanto eu me pergunto se a vida
Não há de dar-me, enfim, a tempo e à hora
A chance de contigo ser vivida
Toda a paixão que sinto, vida afora
E sonho, tanto dantes, quanto agora,
Me seja, o quanto antes, concedida,
Posto que tarda, às vezes, o destino,
Em ser cumprido, porém se revela
Algo que há de vir, qual profecia,
Sem que se saiba, ao certo, qual o dia
E é por tal que o meu amor apela
E o meu verso canta, em nobre hino.
Obrigado, Milla, pela magistral interação.
QUANDO A NOITE CAI...
E, quando a noite cai, a dor minora
porquanto esta saudade ameniza.
É como um choque que me eletriza
que em sonhos, eu te vejo a toda hora...
O pesadelo de ver-te ir embora,
apenas no retrato se eterniza.
E, enquanto esta dor não cicatriza,
aguardo, ansiosa, o romper da aurora...
Um dia (quem sabe) eu talvez te veja
chegar como um faminto andarilho,
rogando o conforto de meu abraço.
Exausto, maltrapilho, passo a passo,
buscaste, frente a tantos empecilhos,
livrar-te dessa dor que te apedreja!
(Milla Pereira)
Obrigado, Ângela, pela belíssima interação.
PROFECIA
O tempo há de nos dar a alegria
De vivermos um grande e terno amor
Pois a nossa paixão nos inebria
Como um vinho suave dá calor
Haverá uma chance e me extasia
Um romance real... devastador...
Não pode a vida tirar a poesia
Deixando em meu caminho só a dor
Está escrito, qual uma profecia
Mesmo que não saibamos bem o dia
Que juntos é a nossa realidade!...
Em lugar certo estará nosso destino
E é nessa certeza que me aninho
E a vida será só felicidade!...
(ÂNGELA FARIA DE PAULA LIMA)