Alma de poeta

Ter alma de poeta não é prático

É amar tanto e tão desvairadamente

é de se ficar longe ficar doente

E de tão doente ser tão socrático.

É de ver a amada e ficar estático

E rápido tornar-se dela um crente

- Vai que ela desatina de repente

Se vira e dá-me um beijo tão fantástico!

Ah, ter alma de poeta, que fardo!

Se um verbo aqui cabe, é o verbo sofrer

Não é fácil sempre se arrepender.

Poeta sou e em tantos anelos ardo

Por isso escrevo muito, jamais tardo

Pois é disso tudo que vou morrer.

Gabriel Paixão
Enviado por Gabriel Paixão em 26/06/2013
Código do texto: T4360028
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