Soneto 12: Silencioso soneto

Fale, não te cales.

Esse teu silêncio me atordoa

Tens-me em tratamento de choque?

Fale, meu amor, não te emudeças.

Esse sombrio silêncio congela minh’alma

É pior que a sombra da morte...

Fale, teu silêncio me condena.

És tu o carrasco que, de foice em punho,

De face coberta, me conduz ao altar mortal?

Minha penitência é não ouvir tua doce voz.

Uma tarde de outono, uma flor roxa do desespero,

Uma data inverossímil, um lamento da garganta sedenta.

Fale e não te cales, meu amor, não te emudeças!

Teu silêncio me condena. Fala, porque eu amo você.

Por paulo Siuves

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 31/05/2013
Código do texto: T4317819
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