DESILUSÃO

Na garganta um grito que se perdeu,

No peito uma cicatriz que não fechou.

São despojos de alguém que nem lutou

E o espólio de alguém que nem morreu;

Pedaços que o tempo já corroeu

Dos sonhos que meu coração sonhou;

A lágrima que em meu rosto deslizou

E, nem sequer, alguém se comoveu;

Vazios de abraços que não terei;

O gosto de beijos que nem provei

E aquela frustração que me tomou;

A sensação de nada ter valido

Num tempo que, por fim, se fez perdido

Com quem disse me amar e não me amou...

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 27/05/2013
Código do texto: T4311464
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