Mudou pouco; impasse continua.
Mudou pouco; impasse continua.
A rua é casa; céu é telhado de luz
Induz à calma, falsa, que debrua,
E, amua... sua dor sob o capuz...
Sem luz, agora comem seus angus;
Em cruz no peito há sua mão que tatua
A sua marca salgada cheia de pus;
Tão nus , tão sós, a vida tumultua...
A rua silencia e chora o grão...
Sem pão - foi espalhado entre as pedras –
São vedras, esquecidos no seu chão...
Verão com mágoa versos outonais
Brutais veias abertas que não curam
Mas juram amar a lua... dos iguais.
Mudou pouco; impasse continua.
A rua é casa; céu é telhado de luz
Induz à calma, falsa, que debrua,
E, amua... sua dor sob o capuz...
Sem luz, agora comem seus angus;
Em cruz no peito há sua mão que tatua
A sua marca salgada cheia de pus;
Tão nus , tão sós, a vida tumultua...
A rua silencia e chora o grão...
Sem pão - foi espalhado entre as pedras –
São vedras, esquecidos no seu chão...
Verão com mágoa versos outonais
Brutais veias abertas que não curam
Mas juram amar a lua... dos iguais.