Olhos

A sensibilidade, dom de perceber

Poetas, a vocês toda a minha admiração

Regras e rimas são apenas teoria

Eu prefiro com as palavras brincar

A quem se propõem a escrever?

Já que quem escreve é o coração.

Ou não é assim? Espero sabedoria.

Eu não procuro temas para explorar

Lua, vento, tempo, amor, dor, saudade...

Deixo o instinto das letras me levar

E ao impreciso atribuo a autoria

No final, sempre enxergo uma realidade

Que além de mim a alguém atingirá

A única coisa que agora eu entendo

É que só um poeta me entenderá

Ultrajando o que deveria ser um soneto

E rimando nas entrelinhas para confundir

Escancaro todo o meu sentimento

E, embora queira ficar, agora preciso ir

Vou deixar os meus loucos versos

Musicando uma mensagem de impacto

Tudo o que somos passamos pelo olhar

São os olhos a janela da alma

E se eles são incapazes de mentir

Também são os que podem seduzir.