Carrossel

Escorre-me à fronte, um ar febril

Mórbido desejo por autodestruição

Sorrisos falsos que não perduram

Despedaçam-se como flores de plástico

Escura nuvem que paira sobre mim

Com olhos langues de desalento

Não me lembro de dias venturosos

Podridão, esta, cuja, fui atirado

Manhãs de outrora, em que acordei

Sob brados que ainda me assombram

Fantasmas de uma infância insana

O que fora um dia, será para sempre

Ès meu carrossel que gira sem parar

Semente plantada no vendaval.

Ph Vieira
Enviado por Ph Vieira em 08/03/2013
Reeditado em 07/04/2021
Código do texto: T4178512
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