AMETISTA

À noite, sinto às vezes calafrio:

Inês vem-me ao colo se deitar.

Aquece-me Inês se estou com frio...

E eu ao ver que é Inês, fico sem ar...

Não sei se é mentira ou é verdade,

De tanto vê-la assim ficu confuso.

Não é Inês! Por certo a realidade

Engana meu encanto pelo uso...

Tantas vezes a vi assim tão perto,

E em tantas vezer fui aos lábios seus

Nas falhas instintivas de um deserto.

E fora ela apenas uma deusa,

Uma entidade viva que por certo

Na antiguidade nunca apareceu,

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 23/02/2013
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