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CHUVAS AO ENTARDECECER (EC)

 
A chuva entorna na paisagem mansa
Uma indolência e uma paz infinita
Dormem os sóis e minh’alma descansa
Nenhuma folha no jardim se agita...
 
Nada perturba os pingos lá de fora
A chuva fina escorre na vidraça
Nas fontes, penso, que a chuva chora
A água molha os jardins da praça...
 
Assim também escorrem lentamente
As lágrimas nos olhos tão tristonhos
Melancolia invade o coração
 
A chuva escorre e lava tão somente
A tarde que se vai perdida em sonhos
Trazendo os ecos de uma paixão....
29/01/2013
 
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Chuvas ao Entardecer
Saiba mais, conheça os outros textos:
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Linda interação de Estrela Radiante a quem agradeço!!!



SALGADA CHUVA

A chuva cai molhando o velho rosto.
Lavando mágoas sem poder calar.
Desmancha todo o amargo desgosto.
Rega o canteiro pronto prá plantar.

Também lá fora vai molhando a terra.
Que então consola nesse sofrimento.
Trocando a seca que o seio encerra.
Para brotar um novo elemento.

O sal da terra faz o verde novo.
A séria boca faz sorrir também.
Morre no peito aquela velha dor.

O pão da terra é ganho do povo.
Que vendo a chuva diz ao céu amém.
E nesse peito brota novo amor.

Estrela Radiante