Vida ávida
(pseudônimo:Aprendiz Parnanguara)

Bebo doses amargas, às talagadas, nas tavernas,
Afogo imagens grotescas, caricatas da vida,
Remédios ilusórios para as feridas internas,
Ponho talares na mente, parece boa a pedida!

Cambaleante, tropeço nas próprias pernas,
A realidade é areia movediça atrevida,
Os pensamentos são sombras nas cavernas,
Neste lusco-fusco a alma espreita, ávida!

Na dicotomia, corpo e espírito, homem e mito,
Explicar o que tantos escreveram e vivenciaram,
É dar sardinhas com pedras na água do lago,

As pedras percorrem um trecho âmbito,
Perdem a força motriz, simplesmente param,
Afundam ou Poseidon as engole num trago.

Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 17/01/2013
Reeditado em 23/01/2013
Código do texto: T4090193
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