ARMADILHA

(A partir de Caio Vital)

Caíste, então, nesta armadilha insana

que te aprisiona em curvas diluídas

das tuas lágrimas quando fluídas

que a te parecem ser tal mel de cana!

Posto que o gosto tem de ser profana

Faz-se armadilha de almas decaídas,

que se assemelha às ruas sem saída

ou assassino que, sem dó, te esgana!

Sabias desde que te aprisionaste

que a Poesia é dor, amor, contraste,

perder-se em curvas, retas, labirintos...

E é temerário o apelo da tua verve!

É quem te ordena, aquele que te serve,

se és tu poeta crônico e faminto...

Jacqueline K
Enviado por Jacqueline K em 25/11/2012
Reeditado em 25/11/2012
Código do texto: T4003565
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.