UM OLHAR
Encantei-me com teu olhar meigo, caramelizado,
Qual bronze dourado, de tua pele macia,
Ao cruzar com o meu, na noite ou no dia,
Deixa-me estarrecido, mudo, paralisado;
Olhar suave, mortiço, brando na forma de ser,
De encantar capaz, num momento qualquer,
Quem por ventura, esse prazer tiver,
Não mais deixará, desse enleio, desprender-se,
Enlace forte, profundo, divino, fatal,
Semelhante à meiguice de teu tenro ser,
Que tocante, feroz, desprende leve malícia,
Deixei-me perder nessa doce delícia;
Hoje padece sufocado, dolorido, vencido meu ser,
Quem dera amar-te, soberbo, sublime, banal.
Cerlos Silva
Pedro Avelino - RN - 13/11/2012.