UM OLHAR

Encantei-me com teu olhar meigo, caramelizado,

Qual bronze dourado, de tua pele macia,

Ao cruzar com o meu, na noite ou no dia,

Deixa-me estarrecido, mudo, paralisado;

Olhar suave, mortiço, brando na forma de ser,

De encantar capaz, num momento qualquer,

Quem por ventura, esse prazer tiver,

Não mais deixará, desse enleio, desprender-se,

Enlace forte, profundo, divino, fatal,

Semelhante à meiguice de teu tenro ser,

Que tocante, feroz, desprende leve malícia,

Deixei-me perder nessa doce delícia;

Hoje padece sufocado, dolorido, vencido meu ser,

Quem dera amar-te, soberbo, sublime, banal.

Cerlos Silva

Pedro Avelino - RN - 13/11/2012.

carlospavelino
Enviado por carlospavelino em 13/11/2012
Reeditado em 27/12/2012
Código do texto: T3983350
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.