Amigão

Na curva última de minha rua entrei

E a repetida alegria anunciava

Era meu cachorro que despertava

Sentindo no ar meu perfume.

O dia estava declinando

Parei em frente ao portão e falei

Ansioso meu cachorro nem ouviu

Entrei e um sorriso me recebeu como rei.

Com um olhar cheio de luz

De alegria e pedindo afeto

Sentei-me ao pé da varanda

E pra ele contei um assunto secreto.

A noite fria e veludada caía

Lembrando a hora de entrar

Meu coração em paz agradecia

Enquanto calmo e silencioso ele dormia.