Soneto pobrezinho
 
Quis fazer um soneto pra você
Que não fosse mais um de pé quebrado.
Ao mesmo tempo tão belo e engraçado,
Tão doce quanto o mel e um bom glacê.
 
Um que lembrasse o seu olhar sincero,
Os cabelos ao vento e o seu sorriso
No rosto juvenil perdendo o siso,
Ao me dizer baixinho: sim, eu quero.
 
Uma poesia que fosse a mais completa,
Só pra caber você todinha nela
Sonhando debruçada na janela.
 
Pra recordá-la sempre linda e roxa
De amor, quando lhe beijo ardente as coxas.
Faltam-me, porém, rimas. Não sou poeta. 


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N. do A. – Na ilustração, Sweet Sensations de Pino Daeni (Itália, 1939 - EUA, 2010).
João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 21/09/2012
Reeditado em 04/09/2020
Código do texto: T3893159
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