Ecludere
 
As argênteas que cintilam ao luzir do inverno
Já se dissolvem na luz candente da primavera
Que o novo queima e ao velho frio reverbera;
Liquefaz o gelo todo e horrendo do inferno!
 
Naquele frio sepulcral, que até então eterno,
Formou-se clara a decadência de tal quimera
Donde forjou toda a inexistência duma esfera;
De quando extinguiu o espírito afável e terno...
 
Eis pois que retornam luz e calor, e a cor eclode!
Eis que os tons primaveris são demais buliçosos
E se põem incontroláveis, em frenesis e bailados...
 
...Ressurge a vida, bem do jeito que sabe e pode!
Eis que os momentos são aquecidos e prazerosos
E em lugar das velhas argênteas os tons doirados...
 
Aleki Zalex
Set2012.
Imagem: ‘A primavera’, tela de Monet.
Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 10/09/2012
Reeditado em 10/09/2012
Código do texto: T3874109
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