Não faço mais que ver as flores novas

Não faço mais que ver as flores novas,
Sentir olor, frescura, cores, vida...
Na noite escura vejo e tenho a prova
Que em tudo existe a graça que elucida...

O olhar, cansado está, porém valida
O doce e o amargo e a certa ida à cova...
Não temo a ruga; marca da grande lida
Pois vendo assim meu rosto,faço trova...

O fresco e doce olor do tempo é cântico;
Sereno verso escrito e, ungido a óleo
E a rima pobre ou rica, glorifico.

Alcança, meu olhar, santo ou impudico,
A tela viva além do céu, linóleo
Florido,azul, que aqui eu versifico...


MVA
Enviado por MVA em 31/08/2012
Código do texto: T3858710
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