RENASCER
Gostar de ti assim, tão loucamente,
É ter, na vida, a infinita glória
De ser partícipe da grande história
De amor, da paixão mais pura e ardente
Que possa haver, posto que aleatória
Não pode ser a volúpia premente,
A percorrer inteiro, qual corrente,
Este meu ser, alvo da luta inglória
Contra a distância que me faz sofrer,
Por não haver logrado o privilégio
De ter-te aqui, enfim, sempre ao meu lado,
Amando-te e me fazendo amado,
Para escapar, do fado, ao sortilégio
E, em felicidade, renascer.
Obrigado, Milla, pela primorosa interação.
AMOR VERDADEIRO
Se sentes este amor tão lindamente,
Jamais serás da vida, palmatória.
Porquanto escreves a tua história
Repleta de paixão real, fremente!
Ao ser humano o amor é inerente,
Ainda que a luta seja inglória...
Assim, vai escrevendo sua história,
Sem ser, da vida, um reles penitente!
Abraça-te o amor, sem sacrilégio,
Entoas a canção que pede a alma,
Posto que te encontre a felicidade...
Bendito seja este privilégio
De experimentar do amor a calma
Sem negrume, sem dor ou falsidade!
(Milla Pereira)