Porre

Quero vinho! Cerveja! Quero álcool!

Quero sim qualquer coisa que me engane

A mente e a alma e, que se dane,

O personagem-mor do imenso palco!

Quero a química fugaz do alambique

A anestesiar-me a dor mundana;

Quero um porre... e fazer um piquenique

De vômitos nessa gente tão sacana!

Quero beber! Beber o intragável!

Andar trôpego, ridículo, vulnerável!

Pelos becos, avenidas, pelas ruas!

Quero um porre! Beber todo o estoque!

Depois, suicidar-me ao som de um rock!

Virar poeta das inúteis luas...

Autor: Francisco Carlos do Nascimento, cearense de Amontada.

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 07/08/2012
Reeditado em 07/08/2012
Código do texto: T3818850
Classificação de conteúdo: seguro