Auto da vida
(pseudônimo:Aprendiz Parnanguara)

A morte ceifa velhos e crianças,
É inevitável castigo, a mais dura pena,
Sob outra ótica, descortina-se nova cena,
Nada é capaz de tolher as humanas esperanças!

Neste teatro, de belas e trágicas danças,
Viver bem é sentir o perfume da alfena,
Dar os braços com quem se contracena,
Jamais ter medo das escuras mudanças!

No palco, a realidade nos escarnece,
Não importa o papel que irei desempenhar,
Mesmo que ela pareça ser o fim da peça,

O que recebo com gratuidade, o ser enobrece,
O amor é floresta densa, nela vou me embrenhar,
A morte é fim de ato para que outro auto aconteça...

Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 02/08/2012
Código do texto: T3810137
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