Lamentando a sorte!
Neste caleidoscópio eu procuro
Ver as mil loucuras que fizemos
Me ponho a recordar quanto amamos;
Mas existe entre nós, agora, um muro
Que eu teci, eu sei, por ser impuro
Demolindo aos poucos velhos planos;
Caíste na real - tantos enganos -
E hoje eu sigo só e inseguro
Buscando alternativas pra te ver;
Louco pra te encontrar, te convencer
Que a vida sem nós dois, não vale nada.
Vazios dia a dia ora palmilho
Sem ver no fim do túnel qualquer brilho;
Ah, te perder foi minha maior mancada.
Josérobertodecastropalácio
Valeu, Ângela Faria pela belíssima interação.
Quantas loucuras é verdade, nós vivemos
E nos amamos com carinho e ternura
Quis o destino destruir o que fizemos
E de mim, fazer-me assim tão insegura!...
Hoje você reconhece a sua culpa
Por ver que eu aceitei o desengano
Segui ereta, sem querer sua desculpa
E consegui fazer a vida sem seus planos
Tornei-me invisível a teus olhos
Por não querer, da vida, os escolhos
E a sua incompetência aos sobejos
Perdeu-me! E eu perdi todo o encanto
Mas mesmo que virasse até um santo
Nunca mais lhe daria os meus beijos!
Ângela Faria de Paula Lima
Para o texto: Lamentando a sorte! (T3720152)