Papelórios por todo canto da mesa!


Papelório por todo canto da mesa!
Palavrório jogado ao vento, inútil...
Nenhum pingo ou, acento aceitou ardil:
Vir dançar nessas linhas por fineza.

A palavra, sai, susta, por surpresa,
Nua poeira mas canta, feminil;
Exigente ela conta o que sentiu
Lavadeira das noites com pureza...

Sem cansaço, procuro cada palavra;
Miosótis rendado no trabalho
Incessante de busca à minha lavra.

Na mesa, esquecida lá estava ela,
A palavra. O poema, meu orvalho...
Procurei e encontrei minha janela.



MVA
Enviado por MVA em 01/06/2012
Reeditado em 01/06/2012
Código do texto: T3699159
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.