Quatro sonetos por KNZ, Elen Nunes, Aarão Filho e Jacó Filho.

Quatro sonetos com o perfume da saudade sentido por

KNZ, Elen Nunes, Aarão Filho e Jacó Filho.

É indescritível a alegria de editar mais uma vez a obra

Deste quarteto poético que se fez irmão na arte e na vida!

SAUDADE

Ricardo Cerreia “KNZ”

Saudade! No frio da madrugada

Senti a sombra tua deitar-se a meu lado

Como se fora um ser mal-assombrado,

Ferindo-me mortal com a tua espada.

Sequer notaste a lágrima causada

No silêncio do teu abraço acamado,

Pela imensa dor de um beijo implorado

No fundo d’alma há muito pousada.

Partiste como partem os amores;

Num desumano gesto de maldade,

Deixaste os espinhos, levaste as flores.

O teu conforto foi mera crueldade:

Quando enfim despertou a manhã em mil cores

Gritei de amor por teu nome...Ó saudade!

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SAUDADE.

Elen Nunes

Oh! Dor que dilacera o coração,

Quando gélida chega à madrugada.

Da cama seca estou desatinada,

Maculada da angústia em solidão.

Pelo quarto caminho triste em vão...

Idas e vindas com meus pensamentos.

Ninguém para escutar os meus lamentos,

O pranto pela perda da paixão.

Nas lágrimas corridas noite e dia,

Entre as paredes frias e desbotadas,

Sou a figura da pérfida alegria.

Não há culpados, sequer houve maldade...

Cúmplices estiveram madrugadas,

Do louco amor mantido na saudade.

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CÉU DE DIAMANTES

Aarão Filho

A noite se aproxima radiante

Trazendo o seu luzeiro de estrelas

Cobrindo o imenso céu de diamantes

Que lindo! Que emoção forte, ao vê-las!

Suspiro na minh’alma enternecida

Olhando aquelas luzes cintilantes

Brilhando em meus olhos, tão altivas,

Rosários de belezas rutilantes...

Eu vejo que esta noite, minha amada,

Reflete o meu amor, noite estrelada,

Abrindo em meus sonhos um caminho...

Que leva rumo ao norte, rumo à alvorada,

Do amor pleno e eterno, n’uma estrada,

Repleta de ternura e de carinho...

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NO FRIO DA SAUDADE

Jacó Filho

Um visceral desejo é de novo, aceso,

Com tua ausência na madrugada fria.

Só as recordações me trazem alegria,

Enquanto a distancia impõe seu peso.

As mãos te procuram sob a coberta,

E o gelo do vazio destroça essa alma,

Que te sente aqui impondo ressalvas,

Negando o calor que o amor desperta.

Um vento gelado assobia no telhado,

E um ruído agudo relembra teu nome.

Este frio cortante meu peito consome,

Sabendo que perdi o sonho dourado.

A essência divina, pra noites insones.

Ficando a saudade, por meu cicerone...

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Obrigado caros irmão e amigos pela oportunidade

de viver mais essa grande alegria...

Que Deus nos abençoe, nos inspires e nos ilumine...

Sempre...

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Obrigado grande mestre Miguel Jacó por sua brlilhante

contribuição:

UM SENTIR EM MIM INCONTINENTE.

Um sentir em mim incontinente,

Flagelado pelo sumo do abandono,

Como fosse no frio cão sem dono,

Farejando um calor incandescente.

Vejo o vulto de quem nem a conheci,

Deposito nesta imagem a redenção,

Tenho vomito e por vezes calafrios,

Nos intervalos levito de satisfação.

É nostálgica a sensação aveludada,

Corpo e alma em devaneios aludidos,

A saudade é um remédio bem ardido.

Me permitas roubar as tuas energias,

Traficando entre nós dois uma ilusão,

Fraternalmente nosso flagelo agoniza.

Boa noite nobres poetas, tentar quantificar A grandeza dos vossos versos seria leviandade Minha, por tanto parabéns pela magistratura Presente em cada uma das peças poéticas contidas neste histórico quarteto, um grande abraço a todos, MJ.

Para o texto: Quatro sonetos por KNZ, Elen Nunes, Aarão Filho e Jacó Filho. (T3690245)

Jacó Filho
Enviado por Jacó Filho em 27/05/2012
Reeditado em 28/05/2012
Código do texto: T3690245
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