Poema da solidão
Herculano Alencar
Eu estou só, e tanto, e tão sozinho,
que ouço o meu mais fundo pensamento
(junto ao ruflar dos mares e dos ventos)
desfeito em espiral redemoinho.
Estou só, bem no meio do caminho
do cais do desencontro e a saudade,
onde o adeus encontra a eternidade,
onde o amor prescinde de carinho.
E, de repente, assim, da solidão
a poesia veio de presente,
como chegasse a termo a gestação.
E os versos que guardei, como semente
no ventre da fecunda inspiração,
viraram poesia, finalmente!
***********************
Oferenda
Ângela Faria de Paula Lima
Não precisa ficar tão triste e tão sozinho.
Posso dar-te minha mão e meu abrigo
Posso caminhar e conversar contigo
Posso - quem sabe? - te dar o meu carinho...
Também estou andando pelas sendas...
Já é tão longa a minha caminhada!
E solitária sigo, alma cansada
Desejando sonhar as tuas lendas...
Estou tão entranhada em tua vida!
Tão íntima de ti!... Tão envolvida!...
Seguir-te bem de perto é o que queria!
Pois sei que tens nas mãos minhas sementes
E as plantas nos jardins freqüentemente
Muito prazer! Me chamo Poesia!...
Herculano Alencar
Eu estou só, e tanto, e tão sozinho,
que ouço o meu mais fundo pensamento
(junto ao ruflar dos mares e dos ventos)
desfeito em espiral redemoinho.
Estou só, bem no meio do caminho
do cais do desencontro e a saudade,
onde o adeus encontra a eternidade,
onde o amor prescinde de carinho.
E, de repente, assim, da solidão
a poesia veio de presente,
como chegasse a termo a gestação.
E os versos que guardei, como semente
no ventre da fecunda inspiração,
viraram poesia, finalmente!
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Ângela Faria de Paula Lima
Não precisa ficar tão triste e tão sozinho.
Posso dar-te minha mão e meu abrigo
Posso caminhar e conversar contigo
Posso - quem sabe? - te dar o meu carinho...
Também estou andando pelas sendas...
Já é tão longa a minha caminhada!
E solitária sigo, alma cansada
Desejando sonhar as tuas lendas...
Estou tão entranhada em tua vida!
Tão íntima de ti!... Tão envolvida!...
Seguir-te bem de perto é o que queria!
Pois sei que tens nas mãos minhas sementes
E as plantas nos jardins freqüentemente
Muito prazer! Me chamo Poesia!...