Vou tentar uns versos...
"O copo de vodka, já meio vazio,
o cigarro queimando no cinzeiro
a chuva, preguiçosa, goteja pela janela
tendo as memórias como silenciosa companhia.
-Um grito! O que será?
Engano. Apenas a porta da sala.
A esperança apenas agrava,
este estado medíocre de existência forçada.
Lembranças são entidades mortas,
se agarrando a qualquer pensamento
na vontade mórbida de viver.
A música, quase no fim,
O copo, no último gole,
O último verso que não consegue expressar a decepção de viver amarrado, limitado, quase parnasiano, sem palavras... Realmente não consigo marcar nas letras o tempo da solidão."