Amor em versos tão profundos

Do mirante, ao longe, o desejo se via,

Era uma deusa de versos tão profundos...

Cravado ao peito a dor de outro mundo...

Sonhara ter desse amor a febre vadia.

Das miragens que d'alma, ora, embevecia...

Sublime amor que se fez outrora eterno.

Se não sou eu o desejo, que ti aflora, terno...

Das veias, lateja o que amanhã será sangria.

Jorram-se flores, dos meus jardins suspensos

E pela silhueta vejo-te nua em pensamentos...

És a perfeição única esculpida à mão divina.

E conforme o tempo urge e se transporta...

O meu corpo inerte, sem tu, me incomoda...

A espera de tocar-lhes... Quem sabe ainda em vida.