Cantiga de Amor

A grande dona com os olhos meus,
sorridente na casa em que moro;
Flor do jardim, ai, ai, como a adoro!...
mas sem dizer grafou eterno adeus.

Chego a Vós, suplico-Te, Ai Deus!
Derramo louco pranto; - eu Te imploro;
há tempos, caio em mim, minha tez cora
Peço-Te; - leva-me aos braços Teus!

Mostrai-ma; - ela é tão linda! Formosa!
Preciso beijar sua encantada rosa,
Cujos espinhos sangram meus cortes...

Quero tocar corpo, fecundo,
Se não tocá-la; meu eu, meu tudo
Peço-Te; - Dai-me a santa, Ó morte!


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Meu Amor,
 
Nesta noite, lá na montanha, a lua se despe e esparge seus raios de luz. A noite será longa neste mundo de sonhos. Quando o Sol apagar as sombras, verei tua imagem em teus melhores dias. Beijar-lhe-ei, suavemente!
 

Os raios solares chegarão como alimentos essenciais para a rosa desbotada. Antes, sem luz fora esquecida, hoje, juntamente com as outras, deixou de ser aprisionada. Ela sorri novamente para o imenso jardim. Há hálitos perfumados da vida!