Surpresa

Antes de te encontrar havia o nada,

E o mês de outubro passava só,

Era o teu rosto noctívago namorada,

Do meu sortilégio de amor em nó.

De tua alvura a luz noturna se incutia,

E eu via no mar o brilho de uma estrela.

E as lágrimas sussurravam é e era bela,

A canção flautada que eu então ouvia.

Em teus olhares fictos uma surpresa:

Um plenilúnio e o eco dos promontórios...

Dos desejos secretos desvendados!

E os sinos da catedral me despertavam,

Para ti, despida de preconceitos. Indefesa,

Que em meus braços atinou-os muralhados!

ROGERIO WANDERLEY GUASTI
Enviado por ROGERIO WANDERLEY GUASTI em 19/02/2012
Código do texto: T3507795
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