ÁRIDA IDA

Adeus... Pelo deserto foste embora,

Nunca mais vi teu rosto, que eu amei,

Nunca mais os teus passos procurei,

Não tenho idéia de onde estás agora...

Nosso orgulho, em mim, toda te devora,

Esqueci as canções que te cantei...

Serás rainha de um bondoso rei,

Serás errante fêmea, mundo afora...

O tempo mostra que isso não importa,

Talvez pelo deserto foste morta,

O vento não me fala mais de ti...

E apesar dos sonetos com teu nome,

Eu bendigo esta dor que aos poucos some

E maldigo o momento em que te vi!

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 24/01/2012
Código do texto: T3459589
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