Soneto para os Desocupados

Que tal lavar a louça da pia?

Pode também varrer um quintal.

Vá lavar roupa e encher o varal.

Cuidar do jardim preenche o dia.

Esquece o lençol da vizinha

Procure lavar sua janela

Não fale mal daquele ou daquela

Dê um basta à língua mesquinha

Olha o vidro do seu telhado

Veja o tamanho do seu rabo

Não se meta se não é chamado

Fofoca pode tragédia gerar

Vá cuidar de suas obrigações

E com sua vida se preocupar

Interação de Jacó Filho

Acaso te falte algum incentivo,

Lembre da mãe, a vara do saber...

Quantas vezes será preciso dizer,

Que tua casa é o degrau evolutivo?

Interação de Vera Feliz

Mulher desocupada é vazia.

tá precisando e cuidar.

melhor pra ela TER A PIA,

cheia de louça pra lavar,

Interação de Esperança Vaz

O macaco nunca olha o rabo dele

Por isso, a língua espicha

Fala tanto dos outros

Que a boca se intrubica

Trabalhe de galho em galho

E terá uma ocupação

Largue a vida alheia

Tome tento, tenha contenção

fale só o necessário

E sua vida será de admiração

Se esquecer os problemas alheios

Para os seus virá a solução

Fiquei com vontade também de interar,

esse negócio de fofocar da vida dos outros é sério,

às vezes transmite até errado o ocorrido.

Interação de Pacco

Ninguém quer saber de nada;

De nada, alguém quer saber.

Só pensam em comer e beber...

Nos bares - de madrugada!

Fábio Brandão
Enviado por Fábio Brandão em 24/01/2012
Reeditado em 03/01/2013
Código do texto: T3459127
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