Imaculadas

Aos pés da bela imagem ela rezava,

A face airosa, escondia o negro véu

Que ocultava também a cor do céu

Que naqueles lindos olhos habitava...

Não defini se agradecia ou suplicava,

O corpo teso e a cabeça abaixada,

Toda contrita e silente, arrebatada,

Mãos atadas ao terço, que brilhava...

Confirmei o que há muito suspeitava

Ao ver naquele corpo a luz dourada

Que da imagem da santa emanava...

Uma sorria no altar, que coruscava,

Outra no chão, ajoelhada, chorava,

Cingidas por una auréola, imaculadas...

Aleki Zalex

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Agradeço à amiga e poetisa Adria Comparini, pela fabulosa interação. Obrigado, querida Adria. É sempre um prazer inenarrável ter seus versos em minha página, e suas interações são nada menos que brilhantes.

SÚPLICA

Por Adria Comparini

O que pedia? O que suplicava?

À Virgem Santa e Imaculada?

Essa mulher tão doce e enjaulada,

Que da vida nada mais esperava?

Seu choro e pensamento na verdade,

Era apenas a súplica sincera,

Por uma nova e luzidia primavera,

Lá no céu, enfim, na eternidade...

Essa mulher que a Santa escutava,

Como a Jesus nos braços, acolhia,

Era uma filha humana, sofredora...

E sua súplica a Santa aceitava,

E lá no Céu um lugar a recebia,

Pois já sofrera e era merecedora!

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 19/01/2012
Reeditado em 25/01/2012
Código do texto: T3450178
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