Imaculadas
Aos pés da bela imagem ela rezava,
A face airosa, escondia o negro véu
Que ocultava também a cor do céu
Que naqueles lindos olhos habitava...
Não defini se agradecia ou suplicava,
O corpo teso e a cabeça abaixada,
Toda contrita e silente, arrebatada,
Mãos atadas ao terço, que brilhava...
Confirmei o que há muito suspeitava
Ao ver naquele corpo a luz dourada
Que da imagem da santa emanava...
Uma sorria no altar, que coruscava,
Outra no chão, ajoelhada, chorava,
Cingidas por una auréola, imaculadas...
Aleki Zalex
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Agradeço à amiga e poetisa Adria Comparini, pela fabulosa interação. Obrigado, querida Adria. É sempre um prazer inenarrável ter seus versos em minha página, e suas interações são nada menos que brilhantes.
SÚPLICA
Por Adria Comparini
O que pedia? O que suplicava?
À Virgem Santa e Imaculada?
Essa mulher tão doce e enjaulada,
Que da vida nada mais esperava?
Seu choro e pensamento na verdade,
Era apenas a súplica sincera,
Por uma nova e luzidia primavera,
Lá no céu, enfim, na eternidade...
Essa mulher que a Santa escutava,
Como a Jesus nos braços, acolhia,
Era uma filha humana, sofredora...
E sua súplica a Santa aceitava,
E lá no Céu um lugar a recebia,
Pois já sofrera e era merecedora!