ALGODÃO AMARGO (OU AZEDO?)

Brancas e macias lembranças, distantes...

Somente por hoje quero revivê-las,

Recordar o Amor que falava em estrelas

E entre alguns relâmpagos fez dois amantes.

Reviver, sozinho, o mesmo tempo de antes,

Há dois anos, noites como essas, tão belas,

Sob essas chuvinhas, luzes amarelas;

Despedidas, cada vez mais angustiantes...

Percebo e confesso que foi muito pouco,

Vinte e quatro meses — Eu não fiquei louco...

Por Deus, nunca achei que estivesse sozinho...

Passou como um raio o tempo da paixão,

Embora eu sonhasse, com esse algodão,

Ir juncando o chão do nosso bom caminho...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 20/12/2011
Reeditado em 21/12/2011
Código do texto: T3399238
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