SEDENTO

Sinto sede de me versar

Jorrar o saber em fontes

Ver minha alma cantar

Migrar leve ao horizonte.

(Sede implacável resseca

A garganta que arranha

Recitando palavra seca

- Alma que não se banha!).

Quero derreter em verso!

Tomar conta do papel

Pôr-me no fundo, submerso

Nas entranhas do cordel

Sinto sede de universo

Postar-me nuvem no céu.

Edvaldo Pereira dos Campos Netto
Enviado por Edvaldo Pereira dos Campos Netto em 06/12/2011
Código do texto: T3375011