“DECANTO À MORTE"

Outrora, a juventude a luzir,

Hoje, do corpo só destroços

De músculos, vértebras, ossos,

De pés, mãos... Eu a me combalir.

O enfado na matéria a se refletir

Deste caboclo. A bravura agora inerte!

Espero que Deus do céu me oferte

Uma morte suave num breve porvir...

Sozinho, para o Hades eu seguirei,

De tudo, nada daqui levarei,

Terei uma multidão a me conduzir...

E uma lápide em letras garrafais

Anunciando na tumba: Aqui jaz

Os restos mortais de Jurandir.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 24/11/2011
Reeditado em 28/11/2011
Código do texto: T3354063
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