POEMA: DO PÓ AO PÓ

Escrevi poemas para quase tudo

(bucolismo intrínseco e acirrado)

Versei as matas, aves, fui agudo

Tratei dos céus e do meu passado.

Formei versos de rima metrificada

Para nuvens, lua e um namorado

Quieto, amuado, à lágrima atuada

Caída levemente em meu versado.

Escrevi para isso e o outro aquele

Às revoadas de seres lindos e alados

Saídos do papel, ou grafados na pele

Doei a dor ao papel (nos dois lados)

E sorri magnanimamente para ele.

Hoje somos ácaros em resmas, fardos...

Edvaldo Pereira dos Campos Netto
Enviado por Edvaldo Pereira dos Campos Netto em 21/11/2011
Código do texto: T3348041