XX XXV

Está frio lá fora, minha amada...

Não partas hoje, espera até amanhã,

Aguarda o Sol molhar a tua estrada

Para que vás sem mágoas, co'a alma sã.

A noite vem chegando, carregada

Pela fadiga de alguma obra vã,

Pedir que fiques não adianta nada,

Então peço que vás, mas de manhã...

Repara como o tempo está gelado,

Não queres, certamente, um resfriado,

Melhor é descansar, não ir agora...

Teu sono velarei, com mais carinho,

Rezarei pela paz no teu caminho

Que, seco e torto, levará-te embora.

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 07/10/2011
Reeditado em 01/07/2019
Código do texto: T3263375
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.