CLANDESTINA
"[...]Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa
clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim.”
– Clarice Lispector in Felicidade Clandestina
Cheguei por um momento acreditar,
Num céu mais colorido – a vida azul,
E construí meus sonhos num lugar,
Aquém do Oriente – Além do Sul...
Sem muita pretensão – era meu lar,
Enfrentei as procelas. Fiquei nu –
De sentimentos ruins –, para enfrentar
A lancinante dor. – Buscando tu...
Até pensei – por vezes – te sentir,
E ter-te ao meu lado no porvir...
Por alto preço tinha, alta estima...
O cálice bebi da amargura,
Cessando em mim, então, toda procura,
Pois a felicidade é clandestina.
2O/O7/2O11