O DESPERTAR DO PÓ

Era todo um silêncio… e nenhum fulcro

Nem obras, nem dor, amor ou glória

Quimeras apagadas, à morte, a vitória !

E uma inscrição opaca no sepulcro…

Esperança… és tu que fazes a diferença

Para aquele que foi e agora já não é…

No que ficou… alimentando-se de fé,

E apostou no futuro, com a sua crença !

Oh, laje branca, em lágrimas banhada,

Bem sabes a dor dest’alma desesperada

És fria, inerte, até mesmo sem dó…

Oh ! sei qu’em breve vou ver-te estremecer

Rasgar-se a terra, e do longo adormecer

Despertará o meu amor do pó !

Jul11

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Rose Galvao
Enviado por Rose Galvao em 28/07/2011
Reeditado em 10/08/2011
Código do texto: T3124649