SAUDADE ETERNA

SAUDADE ETERNA

Vês, mulher, o respingar de luzes e laços?

É o amor que se oculta e o vão da noite invade;

são átomos fosfóreos da minha saudade,

que a alma nos pirilampos conduz aos teus braços.

O vaga-lume é o arauto da felicidade;

é da arte da natureza a expressão do espaço,

que vaza o corpo da noite de escuro escasso;

é o próprio amor, e olvidar-lhe o lume, quem há de?

A saudade me fala da esmeralda nua;

do odor do corpo perfeito; do teu perfume;

da luz do pirilampo no escuro sem lua.

perfuma a noite de luzes o vagalume;

a chama evoca do amor que se perpetua;

fere a alma menina da lua de ciúme.

Afonso Martini

190711

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 19/07/2011
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T3104286
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