Luz

Contemplava as montanhas alvejadas

pelos lençóis vaporosos da neblina,

e num ímpeto minh’alma, inda menina,

ansiou flanar nas nuvens prateadas.

A fantasia, minha eterna namorada,

pressagiando minha ânsia matutina,

desfraldou as belas asas cristalinas

e levou-me pelos céus da alvorada.

Pude voar... E por espaços tão etéreos!

Sorvi d’orvalho o cintilar e o refrigério...

Cheguei tão perto do semblante de Deus!

Porém não pude desvendar esse mistério

que tanto intriga esta minh’alma de hespério:

D’onde vem toda essa luz dos olhos teus?

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 29/06/2011
Reeditado em 16/07/2014
Código do texto: T3063780
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