Soneto cego

Ó belos`olhos encantadores sois,

De olhares longos, macios e perdidos,

De`véras seres incompreendidos,

No cléor de somente os dois.

Ó sim quanta saudade sinto,

Das coisas ruins que fazeres-me ver,

E as boas coisas que me ensinares a crer,

Se dizeres que não vós quero... minto.

Mas, eis que sem vocês eu vivo,

Mesmo sabendo de quanto vos preciso,

Terei que crer e acreditar sempre,

Assim estou como alguém que nada sente,

De forma que não vivo, somente me martirizo,

Até o dia em que puder ver novamente.

Jonas Martins
Enviado por Jonas Martins em 28/06/2011
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