Escuridade

Tristeza minha! Bem te sei d’onde oriunda...

Minh’alma se atrela a profundo pesadelo,

Entregue é meu corpo a pleno desmazelo,

É todo meu peito cratera escura e profunda!

Ah! Tristeza! Em tudo estás! Fria, arraigada!

Emaranhada tal qual os fios d’um vil novelo,

Que amarrou prá sempre a ternura e o zelo,

Cerrando a luz para minh’alma exasperada...

Quisera eu ter o compromisso e o desvelo

Para com minha alegria, há muito esquecida,

Lacrada em pote de breu e a rudo selo...

Mas tu, tristeza, faz minh’alma entorpecida,

Ao te fazeres em minha vida cruel modelo,

Conservando a felicidade adormecida...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 22/06/2011
Reeditado em 22/06/2011
Código do texto: T3051250
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