"O HOMEM E O AMOR" - (soneto shakespeareano em sequência ao "O homem e a ciência", aqui publicado)

Que o homem no planeta tempo-espaço,
consiga propagar o seu domínio,
mas, na ânsia se cuide do fracasso,
tão frequente e escapado ao tirocínio.
Se valendo do gênio, por fiança,
à custa de tamanha sapiência,
não se perca a condição que alcança
verdadeira grandeza na existência;
não seja uma falaz sabedoria
essa sua orgulhosa jactância.
O que o homem conquista, por valia,
vendo aquele, ao seu lado, na distância?
Nada vale aos seus passos de gigante
se deixar para trás o semelhante.