Águas Revoltas

As águas sobem afoitas, impávidas,

Ganham as ruas, as praças, as avenidas,

Trazendo consigo o caos e ceifando vidas,

Levando idosos, crianças e grávidas...

A multidão se desespera, corre pávida,

Ao descobrir o tamanho da ferida,

Que mostra a serra de terra dolorida,

Machucada pela chuva fria e ávida...

Casas ao chão, carros virados, tudo é lama,

Destruição, desolação... Martírio e dor,

Sem teto, sem panela, sem cama...

O povo é forte: Chora, mas não reclama,

Pois que confia no seu Pai Creador,

Que manda o frio conforme o cobertor...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 15/01/2011
Reeditado em 15/01/2011
Código do texto: T2731532
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