Julgaste-me
A ti, que entristeceste minh'alma...
Julgaste com a tua intuição,
Sentiste com o teu sentir,
Enxergaste com teu coração,
E depois, deixaste tudo ruir...
Não compreendo tua intenção,
Dar-me as costas assim, sumir,
Qual, de súbito, sem explicação
Tivesse eu deixado de existir...
O que me dói nessa amizade rompida
Não é tua alma, talvez, angustiada,
Obscurecida por quais sejam as inverdades...
Dói mais te sentir, ainda, tão querida
E saber-te, ora tanto, e tão enganada,
Entregue à tua fogueira de vaidades...