Quando escrevo um Soneto...
Gosto quando escrevo um soneto
E gosto de fazê-lo do meu jeito,
Da maneira como me vem ao peito;
Sou, desta sorte, sonetista insurreto.
Não me importo se não sai perfeito,
Se a métrica se perde pelos meus versos
E se a tônica confunde-se pelos reversos;
O que me importa é que o faço satisfeito.
Escuto a mensagem que dita minh'alma
E analiso-a, com pertinência e calma,
Derramando-a em versos na brancura...
Depois eu leio, com atenção e zelo,
Deslindando o fio claro do novelo
Que a poesia enovelou na ternura...