Midas do Sertão

Chuva serôdia que lava e alivia,

Refresca a seca e faz fecundo o chão,

Traz esperança nova ao sertão

Que pelo estio já queimava e ardia...

Do sertanejo, lava alma e coração,

Trazendo alívio para a terra que sofria,

E ainda que pareça um pouco tardia,

Cai em feitio de benéfica oração...

Uma prece ao sertanejo e ao seu solo

Que mesmo seco é seu candente colo,

E o embala em sua rútila canção

Até que chega o acalento da monção...

E o sertanejo que parecia fraco, é Apolo,

Já se faz Midas a banhar-se no Pactolo...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 29/12/2010
Reeditado em 03/10/2015
Código do texto: T2697156
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