Estiolamento
As ramarias esmaecidas das madeixas
Serpeando no corpo meu, langoroso,
A desprezar minhas doloríficas queixas,
Vêm auscultar porvir gentil e suntuoso...
É já, meu corpo, que lânguido se deixa,
O sonho fortuito de teu anseio, moroso,
Que não mais cuida, já descura, desleixa,
Relega o ânima ao mote assombroso...
Em tempo algum florescerá régio porvir
Se tua entrega prediz fastio tão formidando
Em cultivo modorrento e desgostoso...
Vejo entre os rotos corimbos a sorrir,
A murchidão desse ignavo amor, me espiando,
A nos furtar nosso idílio amoroso...